A criança interior: 5 aspectos fundamentados em teoria
Provavelmente você já leu ou ouviu falar sobre a “criança interior”. Uma busca no Google e aparecem diversos sites, livros, posts e cursos. Diante de tanto conteúdo, como filtrar o que é confiável e o que é só enganação? Neste post, trago 5 informações fundamentadas em estudiosos e pesquisas para ajudar nesta “filtragem”!
1. Saúde mental e criança interior
Carl Gustav Jung foi um dos pioneiros ao adotar o arquétipo da criança interior. Ele associou essa criança interna a experiências passadas e memórias de inocência, brincadeira e criatividade, juntamente com esperança para o futuro.
2. Criança interior e o começo da vida
Por sua vez, Winnicott focou na comunicação entre a criança e o(a) cuidador(a) e em como ser ou não reconhecido afeta a criança interior e, portanto, o ser humano mais tarde na vida.
Para ele, quando nascemos, não encontramos nada pronto no mundo “lá fora”. No começo da vida, somos nós quem criamos tudo o que encontramos.
Primeiro para nós mesmos, em nosso próprio mundo. Isso acontece para que, mais tarde, quando estivermos prontos, possamos encontrar nossas “criações” nas coisas do mundo lá fora. Essa é a base da nossa capacidade de “acreditar em”.
3. Criança interior e criatividade
Ainda de acordo com Winicott “é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (si mesmo)”. Ou seja: quando encontramos algo que corresponde ao que criamos nos sentimos mais vivos e reais.
É claro que as coisas do mundo real nunca são exatamente iguais ao que criamos na imaginação. Aprender a tolerar e a aceitar essa diferença nos permite continuar a criar, descobrir e acreditar.
Mas essa criatividade não é infinita, de modo que precisamos exercitá-la ao longo da vida. E continuar em contato com a infância – as brincadeiras, o faz-de-conta, a magia das coisas – é uma forma de mantê-la viva dentro de nós.
4. Outras interpretações possíveis para a “criança interior”
Para a Análise do Comportamento, comportamento é a interação entre organismo e ambiente – que pode ser o externo (mundo ao redor) e o interno (“mundo debaixo da pele”). Resumidamente, há três níveis de seleção do comportamento: o filogenético (ou seja, o que herdamos da nossa espécie), o ontogenético (o que vivemos no decorrer da nossa própria vida) e o cultural (o que o nosso “mundo social” nos ensina em termos de normas, regras). Assim, as vivências que temos desde o nosso começo – e que por meio delas vamos aprendendo e nos desenvolvendo – farão parte do nosso repertório (isto é, conjunto de comportamentos).
5. Da infância para toda a vida
Pesquisadores* demonstram novos a influência da “criança interior” ao longo de vida. Ao entrevistarem idosos, observaram que as experiências durante a infância têm impacto na escolha da profissão e também na forma como agimos em relação à próxima geração. Também encontram que a criança interior é uma síntese de todas as idades e que esta síntese pode ser alcançada mantendo vivo o melhor aspecto de cada era.
Quer resgatar a criança que existe em você? Então veja este post aqui!
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Sobre este post
O texto original foi escrito por Ana Carolina Braz e Ana Cristina Braz (Maternar mais leve ®). Todos os direitos reservados. Se usar o conteúdo, cite a referência usando as sugestões deste post aqui. Imagem: Banco de imagens do Canva.
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